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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SIXTO JOSÉ SANCHEZ

(  Venezuela  )

 

Valera, estado Trujillo, Venezuela.

Graduado pela Escuela de Letras da Universidad Central de Venezuela.
Locutor, ator e diretor de teatro,  e professor.  
Entre suas publicações, destacam-se Continuidad (1981),
Respiradero
(1991); Caminos de la oscuridad (1996); Desde la perIferia (2000) e Sin tempo (2004).

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESIA,  6to.  - ÁFRICA / AMÉRICA / ASIA / EUROPA / OCEANIA,  Antologia 2009.  Caracas: Casa Nacional de las Letras Andrés Bello, 2010.   372 p.
ISBN 978-980-214-221-00                 Ex. bibl.  Antonio Miranda

 

 

       Cuando se es niño

Ni se escribe ni se entiende
cuando se es joven
se escriben cosas que no se entienden
cuando se es adulto
se entienden cosas que ya no se escriben
cuando se es viejo
se escribe sobre las cosas entendidas
pero al final
cualquiera que ve el cadáver
 ¡ exclamará!
éste: ni escribe ni entiende.

Rompiendo fotografías
la Luna sola en el cielo
yo en la Tierra
en el horizonte un teléfono íngrimo sobre una roca
la sombra de mis pies se hunden en el agua
hambriento miro el pasado de algunas fotografías
donde un joven disfrazado de hombre
vestía las galas de un soldado asustado
saluda cordialmente al clip de la cámara
buscaba una interesante pose para su identidad
se fumó el jardín del patio de su casa
y fue hospitalizado por alucinógenos aterrizajes
ese joven con mi nombre, nacido cuando yo nací
pensamiento de mis más azules pensamientos
es el difunto que remolco desde la adolescencia
cuando él se afeita, sangro
a mis recuerdos no les crece el bigote
un único favor le pido a la nula, mula, diabética Luna
que se dé la vuelta y me deje en la oscuridad.

Desempleado sentado en una piedra.

Irá nuevamente al malecón
a llenarse de aire los pulmones
sintiendo que vive una película
en la cual no tiene parlamentos.
La sal pegada al paladar
ciudadano que salta el horizonte.
A su lado se sentarán las promesas
de los personajes que se imagina
porque él es el dueño de cada uno
y cada uno un ensayo de su estupidez.
Una ola le moja el cigarro, otra la franela
una tercera le sacude la dignidad.
 ¡ Un momento, señores cangrejos!
Se ha  levantado para orinar
se santigua en este día crónico
donde ni en su casa lo esperan.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

      Quando somos um menino

Nem se escreve ne se entende
quando se é jovem
escrevemos coisas que não se entendem
quando se é adulto
entendemos coisas que já não escreve,
quando somos velhos
escrevemos sobre as coisas entendidas
mas afinal
qualquer um que vê o cadáver
 exclamará!
este: nem escreve nem entende.

Rompendo fotografias
a Lua sozinha no céu
eu na Terra
no horizonte um telefone íngrime sobre uma rocha
a sombra de meus pés afundam ná agua
faminto observo o passado de algumas fotografías
onde um jovem disfarçado de adulto
vestia as galas de um soldado assustado
saúda cordialmente o clipe da câmera
buscava uma interessante pose para sua identidade
fumou o jardim do pátio de sua casa
e foi hospitalizado por alucinógenas aterrizagens
esse jovem com meu nome, nascido quando eu nascí
pensamento de meus mais azuis pensamentos
é o defunto que reboco desde a adolescência
quando êle se barbeia, sangro
minhas lembranças  não lhes cresce o bigode
um único favor peço à nula, mula, diabética Lua
que dê a volta e me deixe na escuridão.

Desempregado sentado numa pedra.

Irá novamente ao cais
a encher-se de ar os pulmões
sentindo que vive um filme
no qual não tem parlamentos.
O sal grudado no paladar
cidadão que salta no horizonte.
Ao seu vão sentar-se as promessas
dos personagens que se imagina
porque êle é o dono de cada um
e cada um um ensaio de sua estupidez.
Uma onda molha o seu cigarro, outra la franela
uma terceira sacude sua dignidade.
 Un momento, senhores caranguejos!
Se levantou para urinar
se benze neste dia crônico
onde nem em sua casa o esperam.

 

*

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Página publicada em abril de 2023


 

 

 
 
 
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